terça-feira, 11 de janeiro de 2011

crianças de aviário

Supressão do Desporto Escolar pode levar cada aluno a ganhar quatro quilos num ano

Esta chamada de atenção nem é tanto pela estimativa dos quatro quilos. Cada um faça as contas que quiser, mas eu não me esqueço que a ministra da Saúde já sugeriu à malta que aposte na sopinha com couve do quintal, que o carganhol vai escassear (ela não referiu a escassez de carganhol, mas a mensagem subjacente é óbvia - deslize freudiano?).

Esta chamada de atenção é para todos aqueles que praticaram desporto escolar (ou federado nas camadas jovens, como boa parte dos autores desta tasca) e que são hoje capazes de reflectir na importância que isto teve no seu desenvolvimento enquanto pessoas e na contribuição que isso deu aos seus valores, ao seu espírito de sacrifício e capacidade de entreajuda. O desporto escolar serve para muito mais que controlar a obesidade (gritar "menos bolachas!" também resulta) e encará-lo como tal já é redutor. Mas acabar com o desporto escolar sob a desculpa de contenção de custos é completamente inaceitável.

Este é o género de austeritarismo que nos vai afundar, bem fundo, e que devemos denunciar como um ataque perverso à essência duma sociedade como aquela em que crescemos e que fez de nós quem somos, apesar de todas as suas falhas. É um modo de vida que está em jogo.

E agora mudando completamente de tópico, há eleições presidenciais dia 23 de Janeiro.

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