quarta-feira, 20 de abril de 2011

terça-feira, 19 de abril de 2011

fernando nobre

Até parece que é candidato a primeiro-ministro, essa posição criada pelo circo mediático.

Aliás, até parece que é primeiro-ministro há 6 anos!

E que tal focarmo-nos no que realmente importa?!

não são "os mercados", é pilhagem mesmo

Juros da dívida mantêm escalada mesmo nos prazos mais curtos

A tendência de subida dos juros da dívida pública nos mercados secundários, batendo diariamente novos recordes, mantinha-se hoje de manhã, agora com as taxas nos prazos mais curtos já a rondar os dez por cento, na véspera de dois leilões do IGCP.

Se o Cavaco não ganhasse à primeira volta, os juros subiam. O Cavaco ganhou à primeira volta. Os juros subiram na mesma. É um exemplo, podemos encontrar muitos outros de há 2 anos para cá.

Os sacrossantos mercados, que o bloco central de pacotilha tenta apaziguar sacrificando as vidas de quem trabalha para sustentar a família, não passam de um conjunto de criminosos que manipula as regras do comércio para enriquecer à custa de quem nada tem a ver com o assunto.

Que faz a escumalha encarregue de gerir este burgo? Baixa a calça. Não a calça deles, mas a nossa. E tu, vais votar Sócrates ou Passos Coelho?

Mandadores de alta finança fazem tudo andar para trás
Dizem que o Mundo só anda tendo à frente um capataz


não é o fim, é o fmi

FMI quer flexibilizar horários e despedir nas Câmaras

Expurgar da Constituição as normas que obstaculizam à maior flexibilidade no mercado laboral deverá ser uma das imposições da "troika" que está a negociar a ajuda externa em Portugal. A idade da reforma pode subir para os 68 anos.

Aumentar idade da reforma: check!
Facilitar despedimentos: check!
Limitar subsídio de desemprego: check!
Correr com funcionários públicos: check!
Cortar subsídio de férias e de Natal: check!
Alterar a Constituição por imposição de tecnocratas: check!

IRC igual para bancos e PMEs: querias...

Quem vota PS ou PSD ou CDS, vota FMI.
Quem vota FMI quer um país com um desemprego vertiginoso, com precariedade, onde as pessoas não conseguem poupar e dificilmente põem comida na mesa dos filhos.
Quem vota FMI suspende a democracia por 10 anos (e gozavam com a outra senhora).
Quem vota FMI admite que os bancos mandam nos país e nas pessoas.
Quem vota FMI condena o país à pobreza.
Quem vota FMI não pode queixar-se e dar desculpas depois.
Quem vota FMI é responsável por isso.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

paira sobre o público o espectro de jmf

Reparem na diferença de títulos e verifiquem a semelhança de conteúdo:

BE convocado para reunião com a "troika" mas não vai comparecer

PCP recusou reunir-se com instituições internacionais

Esta marca de acendalhas, frequentemente apelidada de publicação de referência, vem fazendo enormes esforços para ignorar por completo a existência do PCP. Vítor Dias, no seu tempo das cerejas, denuncia mais uma flagrante tentativa de silenciamento.

Alas, a verdade é que o PCP (e não só) tem sucessivamente denunciado os termos da adesão à moeda única - que talvez sobreviva mas não sem antes Portugal ser atirado borda fora -, o conteúdo do Tratado de Lisboa - que obviamente não dotou a UE de mecanismos para ultrapassar uma crise destas -, assim como muitas outras facetas da construção europeia que nada tem de democrática. Foram consistentemente apelidados de dinossauros. Interessa então aos powers that be ocultar estas evidências e quem as denunciou, escamotear responsabilidades e seguir alegremente para o abismo.

O PCP tem propostas, mas raramente estas chegam ao conhecimento da população através da comunicação social. Apesar do trabalho de fundo, da sustentação técnica e política, da justeza e clareza dessas propostas, só se fala de Cuba e da Coreia do Norte.

O ruído levantado impede o juízo informado. Não me incomoda nada que as pessoas rejeitem os argumentos e as propostas, desde que o façam racionalmente. Mas incomoda-me que nem se dêem ao trabalho de saber quais os argumentos e quais as propostas.

E tu que (mal) lês estas palavras, embarcas no festival da TV e vais votar com os pés, botar a cruzinha no meta-engenheiro ou no meta-literato, incapaz de reconhecer que são ambos as nalgas do cu que te cobre de merda, és responsável pela miséria a que votas a tua família, os teus amigos, os teus vizinhos e um país inteiro.

A sério, pá. Tens até 5 de Junho para ganhar juízo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Campanha eleitoral "Custo Zero"

Nos últimos dias tenho recebido alguns emails encorajando-me a assinar a seguinte petição online por uma campanha eleitoral sem recurso a dinheiros públicos, cujo texto argumentativo diz o seguinte:

"Portugal vive um tempo de enorme crise financeira, económica, social e política. Vão realizar-se eleições legislativas em 5 de Junho de 2011. A lei prevê a atribuição de financiamento público, no valor de 9 milhões de Euros, para as despesas de campanha dos partidos políticos.
Atendendo:
a) À terrível situação económica e financeira do País que exige que se use com total bom senso os escassos recursos disponíveis
b) Ao exemplo que os partidos e os políticos devem dar de austeridade e de poupança de dinheiros públicos
c) À existência de recursos gratuitos (tempos de antena na rádio e na televisão, cobertura noticiosa, comunicação internet,..) que pode ser utilizados para fazer chegar aos eleitores a sua mensagem política.

Pede-se aos partidos políticos concorrentes às eleições legislativas de 2011 que abdiquem voluntariamente da utilização de qualquer financiamento público para os custos da campanha eleitoral, aderindo assim à campanha “Custo Zero”. "

Não consigo deixar de pensar no quão insignificante é este valor comparado aos 80 mil milhões que serão, ao que tudo indica, injectados nas finanças públicas pela troika composta pelo BCE, CE e FMI e que tantos sacrifícios custarão aos portugueses. No entanto o motivo que me leva a escrever este comentário prende-se com outra questão, a do financiamento privado dos partidos. O autor da supra-citada petição desconhecerá certamente o mecanismo de financiamento dos partidos e só assim se explica que se tenha focado na questão menos problemática das leis de financiamento dos partidos e eleitoral. A grande tragédia da nossa democracia passa em grande parte pela forma como a lei de financiamento é constantemente violada por TODOS os partidos, que se financiam acima do limite legal através de donativos privados de militantes, festas do avante, mas sobretudo empresas de construção, banca e finança, recebendo por tal uma penalização pecuniária reduzida e abrindo desta forma a porta à corrupção generalizada, às PPPs ruinosas, às privatizações de empresas lucrativas do estado, aos baixos impostos para a banca, ao Plano Nacional de Barragens, à demanda do alcatrão no lugar da ferrovia e do transporte marítimo, às clausulas ruinosas nos contratos de adjudicação, aos acertos directos, aos concursos públicos fraudulentos, etc., etc., etc. É preciso que as pessoas não se escudem na ignorância da análise rápida, no populismo das frases feitas do "são todos iguais" nem na demagogia da participação independente na política. A democracia é feita de partidos e eleitores, se os partidos do poder não servem, votem noutros, se nenhum vos servir, participem vocês nos partidos e elejam internamente líderes honestos e capazes, se não concordarem com as doutrinas, fundem movimentos partidários alternativos. Em democracia não há desculpas, ninguém vos impinge nada, quem vota é quem impinge. Metam as palhaçadas das gerações à rasca no cu e dêem-se ao trabalho de pelo menos ir votar naqueles que não vos enrabaram!

sábado, 9 de abril de 2011

sou OMOfóbico, que é como quem diz, não suporto branqueamentos

Então agora somos todos culpados?

Já percebi que o som monocórdico dos comentadores do costume (ou da situação?) afina agora pelo diapasão de que na situação em que estamos não há discutir culpas e que, um pouco mais ou menos, todos somos culpados pela situação a que o país chegou.

Aqui, é preciso dizer: alto e pára o baile.

Que esses comentadores entre si se considerem culpados por ter embarcado todos estes anos no elogio acrítico das políticas que conduziram a esta situação, até aceito. Mas não é essa a ideia.

A ideia é considerar que a situação de crise a que o país chegou não resulta de opções e políticas concretas e deliberadas dos Governos PS, PSD e CDS, apoiadas pelos detentores do poder económico e pelo coro dos comentadores do costume, mas terá resultado de algum fenómeno natural imprevisível e inexplicável.

E sendo assim, não há que discutir culpas e todos nós portugueses, pelo simples facto de que aqui nascemos e aqui temos vivido, somos culpados das malfeitorias do PS, do PSD e do CDS e temos de arcar estoicamente e sem queixumes com as suas consequências.

Sucedem-se portanto os apelos à mais ampla unidade nacional e a um apoio incondicional ao Governo que há-de vir que, sabe-se de ciência certa, terá de continuar na senda dos anteriores.

Aqui, repito, alto e pára o baile.

Então aqueles que (...) têm contestado estas políticas e estas opções, e têm alertado sistematicamente para as suas consequências, também são culpados pelas consequências das políticas que sempre combateram?

Então aqueles que (...) foram insultados de tudo por se oporem ao rumo insensato desta, sublinho desta, integração europeia, também são culpados pela situação a que esse rumo nos conduziu?

Então aqueles que (...) foram chamados de anti-europeus e de coisas bem piores por alertarem para as consequências previsíveis da entrada no Euro de uma economia debilitada como a nossa, também são culpados pelos resultados a que essa entrada conduziu?

Então aqueles que (...) têm sido silenciados, tratados com desdém e até hostilizados por se oporem coerentemente a estas políticas que os comentadores do costume sempre incensaram, também são culpados pelas suas consequências.

É verdade que há culpados. Os governantes do PS, do PSD e do CDS são seguramente culpados, na exacta medida das suas responsabilidades governativas. Os comentadores de fazem profissão de apoiar acriticamente as políticas que têm desgovernado o país, também têm a sua quota de responsabilidade. E os eleitores que, ainda que enganados por cantos de sereia e embalados pela banda canora dos comentadores do costume, têm contribuído para manter PS, PSD e CDS invariavelmente no poder, também têm, objectivamente, a sua parte de responsabilidade. Mas quem sempre se opôs a essas políticas, também é responsável pelas consequências das políticas que sempre combateu?

O que agora se pretende com a teoria de que todos somos culpados é mais uma vez silenciar o facto de que esta política teve e tem opositores e tudo fazer para que, agora que em 5 de Junho se aproxima mais um momento da verdade, mais uma vez a culpa morra solteira.

O que me diverte mais é imaginar as caras daqueles de vós que só vão discordar deste texto quando perceberem confirmarem o que (...) está a substituir nesta citação.

à atenção dos que ainda não o conhecem

Os portugueses conhecem-no por Pedro Correia

Prometeu pôr o País a crescer 3% ao ano e deixa o País em recessão. Prometeu criar 150 mil postos de trabalho e deixa o País com o maior índice de desempregados de que há registo. Prometeu baixar os impostos e deixa o País com a maior carga fiscal de sempre. Prometeu estancar o défice das contas públicas, que era de 5,9% em 2005, e deixa o País com um défice de 8,6%. Prometeu o comboio de alta velocidade e deixa o País com menos quilómetros de linha férrea. Prometeu aumentar o poder de compra dos portugueses e acaba o mandato a cortar salários, deixando o País mais pobre.

No sétimo ano de governação, já com o fim do seu mandato como primeiro-ministro à vista, o secretário-geral do PS falou esta noite no congresso do partido mostrando-se incapaz de reconhecer um erro, incapaz de pedir desculpa aos eleitores e aos militantes socialistas pelas promessas que não cumpriu, incapaz de mostrar abertura ao diálogo com outras forças políticas que lhe permitam estabelecer acordos de governo.

Igual a si próprio, afinal. Hoje só ilude aqueles que o não conhecem, aqueles que confundem retórica de palanque com acção política. O problema dele é este mesmo: os portugueses conhecem-no.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

privatizar é o caminho, dizem-nos

Privados são os mais visados nas 8188 queixas de utentes

Os serviços privados são os mais visados nas 8188 reclamações dos utentes de cuidados de saúde que chegaram à entidade reguladora do sector em 2010, segundo dados a que a Agência Lusa teve acesso.

No ano passado, a maioria das queixas dos utentes que se manifestaram junto da Entidade Reguladora da Saúde (ERS) era relacionada com entidades privadas: 4018 com internamento e 3.554 sem internamento. As restantes reclamações distribuíram-se pelo público com internamento (115), público sem internamento (66), social com internamento (255) e social sem internamento (180).

Os utentes queixaram-se mais da qualidade da assistência administrativa (2.040 reclamações), dos tempos de espera superiores a uma hora (1.800), da qualidade da assistência de cuidados de saúde (1229), de questões financeiras (770), assistência humana (532), entre outros. Do total das queixas apresentadas, 46 relacionavam-se com discriminação.

Em 2009, chegaram à ERS 7.848 queixas de utentes que, nesse período, reclamaram essencialmente dos tempos de espera, da qualidade de assistência administrativa e dos cuidados de saúde.