sábado, 29 de agosto de 2009

bring forth the beer and pretzels

Legislativas: Sócrates abre e fecha ciclo de debates na TV

02 Setembro: José Sócrates - Paulo Portas (TVI)

03 Setembro: Francisco Louçã - Jerónimo de Sousa (SIC)

05 Setembro: José Sócrates - Jerónimo de Sousa (RTP)

06 Setembro: Francisco Louçã - Ferreira Leite (TVI)

07 Setembro: Paulo Portas - Jerónimo de Sousa (SIC)

08 Setembro: José Sócrates - Francisco Louçã (RTP)

09 Setembro: Ferreira Leite - Jerónimo de Sousa (TVI)

10 Setembro: Paulo Portas - Ferreira Leite (RTP)

11 Setembro: Paulo Portas - Francisco Louçã (RTP)

12 Setembro: José Sócrates - Manuela Ferreira Leite (SIC)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

quem era o olisadebe?

Microsoft in web photo racism row
Software giant Microsoft has apologised for editing a photo to change a black man's head to that of a white man.

The picture, showing employees sitting around a desk, appeared unaltered on the firm's US website.

But on the website of its Polish business unit the black man's head was replaced with a white face, although the colour of his hands were unchanged.

Mas bonito, bonito é comparar as duas :)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

eu andei aí

Galveias - Aldeia Velha - Cabeção - Mora - Coruche - Santarém - Torres Novas - Fátima - Leiria!

eles andem aí

Na passada sexta-feira barra madrugada de sábado fui vítima de carjacking na zona do Marachão. Era um grupo grande, todos eles armados, e tinham apanhado mais malta. Fiquei sem carro e sem 500 euros. Ainda me ficaram com a carta de condução. Estavam todos vestidos de azul com coletes fluorescentes. Já recuperei o automóvel, que mereceu elogios de alguns deles, e falta recuperar a carta, quando finalmente pagar o resgate. Ri-me, fodi-me.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

no reino das chapas amarelas II

Já tive oportunidade de visitar a festa em S. Caetano, onde encontrei bêbados, um homicida bêbado e um anão bêbado. O anão era particularmente engraçado. Seria uma das paragens obrigatórias do circuito proposto.

Ontem, foi a festa da Bajouca. Eu não tinha opinião formada acerca da Bajouca, apesar de ouvir falar mal do sítio e das suas gentes (o parente pobre do concelho, talvez?), mas a festa explicou-me tudo o que eu precisava de saber. Só na Bajouca para encontrar um clone do Vital Moreira como porta-voz dum rancho, um MC que gosta de pessoas e coisas "muito representativas" de seja lá que merda for, uma banda chamada IRA, outra chamada KGB, e ainda ter um rancho folclórico turco a actuar enquanto os sinos da igreja tocam o Avé Maria.

Neste país aposta-se pouco na Turquia. E nos Balcãs. Está mal. Perde-se muito. Eles é que sabem fazer a festa. Não são como os nossos ranchos de zombies.


no reino das chapas amarelas

Adoro festas da aldeia, sobretudo no Verão. Come-se bem, bebe-se bem, vê-se cada personagem socialmente mantida em cativeiro e renova-se o ódio visceral ao condutores de automóveis com matrículas da Europa Central. As praias também não são mau sítio para falar com um sotaque manhoso, mas é na aldeia que a coisa acontece. É na aldeia que as pessoas acreditam realmente naquilo que estão a fazer.

Proponho, para a próxima época estival, um exercício etnográfico: uma carrinha de 9 lugares, um condutor sóbrio por dia, e uma ronda exaustiva das festas na região. Sem quartel.


domingo, 9 de agosto de 2009

jornalismo medíocre

Hotbeds of separatism in modern Europe
MOSCOW. (RIA Novosti). Today, Europe is the venue of both integration and separatist processes. Experts have calculated that in the 21st century more than 10 new states may emerge in Europe.

Um artigo da RIA Novosti propõe-se analisar focos separatistas na Europa, ignorando desde logo os casos conhecidos na Geórgia, na Moldávia e no Azerbaijão. O objectivo, claro como água, é relativizar esses mesmos, apontando defeitos à Europa que critica a política russa nesta temática.

A lista inclui o País Basco, a Catalunha, a Córsega e uma série de outros locais na Europa Central - e também refere o óbvio exemplo português:
(...) The "anti-colonial" raids have become more frequent in Italian Sardinia, and in the Austrian provinces of Stiria and particularly Carinthia, mostly populated by the Croatians and Slovenians. The South Albanian Greeks and the residents of the Portuguese Azores have also become increasingly active in demanding autonomy.

Parece que a polémica do Estatuto dos Açores cheirou a sangue e pólvora ao nariz de quem escreveu esta coisa. Alguém lhe(s) devia explicar que dos Açores nada temos a temer. Temos mais com que nos preocupar...


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

leaving 504

504 em numeração romana é DIV. DIV pode significar, entre outras coisas, 'Desquamative Inflammatory Vaginitis'. Não sei bem onde quero chegar com este raciocínio.

Abandonámos o célebre apartamento 504, que por sinal estava amaldiçoado. Pese embora a boa onda que nele reinava, o facto é que, ao longo destes 2 anos, houve muita coisa má a acontecer. E muita coisa boa, claro. Vamos a ver se me lembro das mais marcantes, algumas das quais já aqui referidas.



Logo a abrir...

Visitei o apartamento, ainda lá viviam as anteriores inquilinas (boa gente), ao chegar duma longa viagem. Acabaria por tornar-me eu próprio inquilino em Setembro de 2007. Houve logo merda, que por sinal até esparrinhou. Esse episódio acabaria por marcar o nosso sentido de humor, e até outras facetas do quotidiano, com referências repetidas e escusadas a extintores.

Talvez esta tenha sido a primeira machadada na minha vidinha confortável. Desde então divorciei-me, perdi o automóvel, não fiz cadeiras nem apresentei projecto, tenho muitos mais cabelos brancos e estou completamente fora de forma. Cortei um dedo, torci um pé, tive uma intoxicação alimentar e levei o meu 2CV à exaustão. E isto fui só eu.

Obras e vizinhança

Sempre me senti rodeado de loucos, quer dentro quer fora do apartamento propriamente dito, quer ocasional quer permanentemente. Bons exemplos seriam a vizinha desafinada (talvez a mesma que gemia mais alto do que a cama rangia) e os gajos que vieram instalar o gás, não esquecendo o mete-nojo de serviço, o imperador do condomínio, a quem tive de mandar apanhar no cu em várias ocasiões. Assim de repente também me recordo do maníaco do berbequim, dos diversos técnicos de elevadores que nos visitaram (hopeless) e dos evangelistas que me sujavam a entrada com a palavra do Senhor.

Convém referir que nem tudo é mau, e tive o prazer de conhecer muita malta porreira lá no prédio, em especial os vizinhos de baixo. À parte a ocasional festa descontrolada, sempre foram uns porreiros e estão de guarda ao aspirador...

Sporting!

Uma das vertentes agridoces terá sido a prestação do Sporting Clube de Portugal. Lá em casa era só lagartos, até o meu maninho cometer a loucura de se juntar ao pagode. Não durou muito. A planta foi baptizada de Glória, e a decoração sempre foi escolhida em tons de verde e branco (fora o movimento kitsch - já lá irei). Por isso mesmo esperávamos mais do Paulo Bento e dos seus petizes. Em vez disso, tivemos um famoso DJ a tentar incendiar a sala, a dado ponto, motivado por um potente cocktail de bebidas destiladas, estupefacientes e clubite aguda.







Arruinados

O balanço terá que ser sempre positivo se tivermos em conta o que este período significou em termos de ruína para o corpo e a mente. Muitas madrugadas passei eu (e outros) a fazer tempo até a padaria abrir, para sacar a minha dose de folhados, essencial ao organismo massacrado pela constante celebração da Causa. Muito rosto cadavérico me foi dado observar entre o acordar e o sentar numa mesa do Ramona. Claro que arrochar naqueles sofá tinha um preço.







movimento kitsch

A grande falha da nossa parte foi nunca ter arranjado um quadro do Menino da Lágrima. De resto, houve um esforço continuado para aperaltar aquele antro com peças de gosto, vá, duvidoso. O gajo do espelho foi a grande personagem, mas as prendas da festa de Natal também subiram a fasquia.

Desistências

O puto abandonou. Ser introduzido às lides aveirenses enquanto se vive em casa assombrada não pode correr bem. Entretanto a coisa ficou financeiramente onerosa, continuava a cheirar a gás de vez em quando, o esquentador estava rebentado, duas das camas também, a porta do frigorífico estava segura com uma rolha de cortiça. Os sofás foram colapsando até o chão ser mais confortável e ninguém estava a ganhar nada com isso. E nisto abandonámos todos, pronto.

As mudanças foram novamente um processo alucinante, e não fosse a preciosa ajuda dum apreciador de humor negro ainda hoje não teríamos retirado toda a tralha lá de casa (agora que penso nisso, ficaram lá coisas). Até ao último instante a maldição me perseguiu, e o meu carro não chegou a Aveiro para a sangria final. Mas eventualmente conseguimos vagar o sítio. Melhor sorte a quem lá viver doravante...



O galhardete do Sporting foi o último a sair.

a beleza está nos pormenores

(...) The Russian non-governmental organization SOVA reported that at least 14 people died in race-hate attacks in Russia this spring. In December 2008, nationalists decapitated an immigrant worker from Tajikistan and left his head in a garbage dump.

excerto deste artigo; gosto particularmente do nome da ONG.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009