quarta-feira, 17 de novembro de 2010

AAUAv e a prática de pensar V

RE: O papel dos Núcleos de Curso;

Diz o colega que o modelo dos núcleos faliu, que não lhe parece adequado à realidade socioeconómica, que deve ser mudado. Não conheço em pormenor a situação dos diversos núcleos de curso na UA, mas há aqui umas linhas programáticas a ter em conta.

Diz o colega que o modelo de mini-associações de estudantes por curso é inadequado, sugerindo de seguida que se tornem cumulativamente mini-GESPs por curso. Propõe-se abrir um debate estatutário?

Eis um vício bem velhinho, que é falar na forma funcional das coisas. Novamente, o problema é, acima de tudo, de falta de massa crítica, sobretudo numa altura em que, e como correctamente afirma o colega, a própria UA se reinventa. Temos representantes de estudantes no Conselho Geral, no Conselho Pedagógico, nos Conselhos de Departamentos e afins, e em números escassos; temos núcleos de curso, temos comissões de curso, temos (teremos?) Fórum Pedagógico Discente; temos AAUAv (excepto em alturas festivas) e temos oposição à AAUAv (de Novembro a Dezembro). Mas temos quem discuta os problemas com que nos deparamos, a todos estes níveis?

A actual Direcção conseguiu aproximar um pouco mais os estudantes da AAUAv, mas não conseguiu o essencial (e dificilmente o conseguirá por si só), que é partir dessa aproximação e gerar discussão e mobilização entre os estudantes. Acredito que isso possa ser conseguido se houver envolvimento e boa vontade de todos os representantes dos estudantes, mas o que vi na AGA, com a Direcção e membros do Conselho Pedagógico a trocarem galhardetes a respeito do regime de prescrições, leva-me a crer que essa boa vontade não existe.

Existirão decerto maneiras de contornar estes problemas conjunturais, até mesmo em definitivo. Contudo, para isso suceder, terá que surgir um grupo suficientemente confiante para criar as ferramentas certas e impulsionar o debate interno.

Para já, tendo em conta alguma pobreza argumentativa do colega e a falta de soluções apresentadas até agora, o movimento não me convence. Continuarei atento.

1 comentário:

MarceloG disse...

Lançado o repto, cá estou!
Não caro colega, não proponho nenhum debate estatutário.
Agradeço atenção, sinceramente, rogo para que continue assim.