Chegados ao final do ano, prestes a abandonar para nos reunirmos com nossas famílias, decidimos que seria de bom tom fazer uma pequena festa de Natal, com o quarteto cá de casa e uns amigos mais chegados. Imbuídos do mais intenso espírito da quadra, decorámos a sala a rigor, sorteámos a troca de prendas e preparámos um belo pitéu!
No que à decoração concerne, optámos por salvar o planeta ao usar a Glória, a planta da sala, como pinheirinho. Ficou toda engalanada com uma gambiarra foleira e uns porta-chaves em forma de bola vermelha - fabulásticos brindes de uma outra noite de copos. E de jarros. Até o Travolta se aperaltou, com o seu sensual sorriso cientológico e a sua desconcertante atitude de Emplastro.
Quanto a combustível, tivemos muitos factores em conta. Afinal, bacalhau no forno não é um prato de preparação rápida, e cozer batatas e grelos para 7 macacos implica também uma logística de que não dispomos, mesmo que a cozinha não tenha ficado tão cagada como eu antecipava. Em todo o caso, a malta ia ter sede. E a malta não podia ficar com sede. A malta tinha que se saciar. Com vinho. Muito.
Uma festa de Natal não se resume à jantarada, implica também uma troca de presentes. Após dois sorteios conseguimos atribuir a cada um o ónus de oferecer algo original a um outro, e isto começou a correr bem logo na parte dos embrulhos. Em todo o caso, a troca de presentes é objecto de outra posta...
Festa que é festa tem que ter espalhafato, barulho, luz e cor. Também se arranjou disso. Além das tochas e very-lights do costume, que fornecem a luz duma forma bem mais interessante que a seca da rede pública, um dos convivas teve a brilhante ideia de trazer um tremendo concentrado de festa, um tubinho que proporciona o espalhafato, e o barulho, e a cor, a partir de ar comprimido. Este canhão de confetti, disparado à varanda, cobriu o estacionamento todo com espírito festivo, para gáudio dos nossos rubros olhos...
O jantar correu bastante bem, só demorou 2h30 a preparar, toda a gente apreciou o belo do bacalhau, não faltaram batatas nem grelos, ninguém passou fome. Além disso, num rasgo de genialidade, um dos convivas decidiu tomar literalmente a expressão "jantar bem regado" e temperou o seu prato com uma boa golfada de tinto, arrancando uma bem-disposta gargalhada aos restantes. Ai, o cómico de situação.
A paródia durou até às 6 da matina, escavacou-se o vinho, mais uma garrafa de Porto, tudo na maior descontracção. Pela experiência coroada de êxito, ficam os agradecimentos da casa aos convidados, o Américo, o Bi Sente e o Ghandi, e também a um amigável vizinho que nos visitou mas não quer ser identificado.
Feliz Natal a todos!
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