Louvor de Angola, por Vital Moreira
É certo que, como anota Fernanda Câncio, «não há eleições em Angola desde 1992».
Mas mesmo sem discutir se isso basta para não gostar do governo e do presidente (sentimentos são sentimentos), conviria acrescentar que desde as eleições de 1992 houve um década de guerra civil, que deixou o País ainda mais destruído; que, apesar disso, o parlamento e os partidos (incluindo a Unita) continuaram a funcionar regularmente ao longo deste tempo; e sobretudo que neste momento decorre a campanha eleitoral para eleições parlamentares, que tudo indica não ficarão a dever nada à liberdade política e à lisura democrática, estando também previstas eleições presidenciais no próximo ano.
Em matéria de liberdade política e de aposta democrática, prouvera que houvesse muitas angolas em África...
(carregado meu)
Angola
Intimidação ameaça eleições livres in Correio da Manhã
A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch avisou que a intimidação dos partidos da oposição e dos media em Angola está a ameaçar as perspectivas de uma votação livre e justa nas eleições marcadas para o próximo mês de Setembro.
Num documento divulgado esta quarta-feira na Internet, a Human Rights Watch acusa o Governo angolano de não cumprir 'plenamente' o seu dever de garantir o direito de eleições livres, bem como os direitos de expressão e de reunião.
'As condições para os eleições livres e justas começam muito antes do dia eleitoral', defende Georgette Gagnon, directora para África da organização, acrescentando que, a menos de um mês do acto eleitoral, “está claro que os angolanos não podem fazer campanha eleitoral sem intimidações ou pressões”.
“A não ser que esta situação mude agora, os angolanos não serão capazes de exercer o seu voto de maneira livre', assinala a mesma responsável acusando o Governo angolano de “não estar a cumprir plenamente o seu dever de garantir o direito de eleições livres'. A Human Rights Watch diz ter documentado 'numerosos incidentes de violência política envolvendo apoiantes do partido no poder'.
No próximo dia 5 de Setembro, os eleitores angolanos serão chamados às urnas para decidir uma nova Assembleia Nacional, naquelas que serão as primeiras eleições desde 1992, quando no país se realizaram simultaneamente eleições parlamentares e presidenciais.
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