segunda-feira, 17 de maio de 2010

até quando? II

CP deixa na gaveta estudo de 380 mil euros para melhorar os horários dos comboios
Este trabalho - designado Impulso e realizado em parceria com a Ferbritas (afiliada da CP) - foi adjudicado no início de 2009 e pretendia "uma reformulação geral da rede para melhorar as correspondências e ter uma perspectiva mais comercial, numa lógica de oferta geral do serviço e mais de acordo com a procura", segundo dizia o presidente da CP, Cardoso dos Reis, ao PÚBLICO em Agosto do ano passado.

Na prática, isso traduzia-se em menos transbordos e na optimização da relação directa Porto-Faro (que pode ser feita em menos tempo do que as actuais seis horas), na introdução de horários cadenciados (sempre aos mesmos minutos nas estações) e na fiabilidade da relação Tomar-Lisboa. Pretendia-se ainda melhorar o serviço suburbano na linha de Cintura, onde coexistem comboios da CP e da Fertagus.

(...) E entre Lisboa e o Porto? Uma das primeiras medidas do primeiro governo de Sócrates foi parar as obras de modernização da Linha do Norte, tendo em conta as decisões tomadas acerca do avanço do TGV Lisboa-Porto, entretanto adiado dois anos (de 2015 para 2017).

Uma terça parte deste corredor permanece, assim, com carris e travessas antigos, fazendo da viagem entre as duas cidades um autêntico rali, sobretudo para o Alfa Pendular e Intercidades, obrigados a adaptar a sua velocidade ao mau estado da linha.

Eis, portanto, a inevitabilidade: o TGV tem de ser feito porque o Governo não vai deixar os comboios normais andar. É inevitável. Habituem-se, como dizia o pequenino.

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