quarta-feira, 11 de junho de 2008

paralisar, agora e sempre

Fiz duas longas viagens entre ontem e hoje, sempre por estradas nacionais. Vi muitos camiões parados, e piquetes e tudo o mais. Oiço e leio muitos apelos à calma e rugidos contra as ilegalidades praticadas e a impunidade dos praticantes. Já morreram duas pessoas por atropelamento, um camionista português e um camionista espanhol. A crise dos transportes pode parar o país, a começar pela distribuição de combustíveis e produtos alimentares.

Desta é a doer. O mal-estar difuso começa a ganhar forma. O aumento animalesco do preço dos combustíveis gera sempre problemas muito graves, porque toda a gente é afectada. Todos os sectores vêm a sua actividade em risco, e o tecido económico degrada-se gravemente. Dói a todos mais que o costume. Até na Birmânia foi preciso um aumento de 500% para arrancar uma forte contestação à junta militar com devida atenção mediática.

Temo que isto não vá diminuir de intensidade. Essencialmente por culpa dum sistema financeiro de merda que brinca com os preços de bens essenciais, controlado por magnatas de merda e acarinhado por lacaios políticos de merda. Espero que isto cause um valente abalo. Pessoalmente, estou farto que me seja sugado dinheiro para enriquecer filhos da puta que já têm nota que chegue.

A luta vem atrasada, mas é a solução. Drástica.

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