Discussões na blogosfera são do melhor, e eis a prova em como se aprender imenso sobre os assuntos e sobre as pessoas.
Primeiro, leio uma posta do Avô Cantigas acerca da independência do Kosovo e das suas possíveis consequências, numa questão de princípio, na Europa e em África. Concordo com a declaração de independência por parte de quem a isso aspira, e parece-me que em África, com aqueles fronteiras traçadas a régua e esquadro, podia até dar resultado. Na Europa, o problema que me aflige é outro...
Depois leio uma posta de Gabriel Silva no Blasfémias, em resposta a Vital Moreira, em que se diz e muito bem As comunidades tem todo o direito de se separarem, de se juntarem, federarem ou coligarem com quem bem entenderem. Não devem ser terceiros a decidir do seu destino, mas apenas os próprios. De acordo.
Julgo que Vital Moreira está preocupado com a pulverização geopolítica do espaço europeu, e com alguma razão. Já Gabriel Silva expõe uma posição de princípio, e com alguma razão. Agora eu discordo da ideia de negar a independência a quem a quer, e mete-me nojo ver, como vamos ver, dualidade de critérios na matéria. A que me refiro?
O Kosovo independente será reconhecido pela UE e pelos EUA que falarão em liberdade dos povos. Em seguida, a Rússia reconhecerá a independência de repúblicas de facto e os mesmos UE e EUA dirão cobras e lagartos da decisão e recusar-se-ão a reconhecer essas repúblicas. Vai uma aposta?
Por último, e porque era óbvio e pertinente, José Milhazes conta-nos como Moscovo ameaça reconhecer Abkhásia, Ossétia do Sul e Transdnístria caso o Kosovo proclame a independência
É uma questão de tempo, agora...
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