quarta-feira, 12 de novembro de 2008

falemos de arbitragem

Depois de muita tinta, muitos comentários, contundentes ou não, com classe ou sem ela, acerca da sequência de apitadelas de Bruno Paixão no último Sporting vs Porto, sabe-se agora que a sua actuação foi classificada como boa por um observador da FPF.



Sim, eu sei.

O ar sério com que aquela incrível personagem da APAF apareceu nos noticiários, transbordando de indignação pelo epíteto de "incompetentes" lançado pelo... pelo... Paulo Bento, não me deixou indiferente. Os árbitros, em terras de gente civilizada, não são muito falados e são respeitados, porque não fazem parte do jogo. Cá, fazem mais em campo que algumas das equipas de onze macacos a correr atrás duma bola. Logo, sujeitam-se. Também podem agradecer a pressão aos imbecis dos observadores que continuam a dar cobertura a arbitragens execráveis.

Os nossos homens do apito da primeira categoria são boa prova da falta de categoria que temos (e merecemos) nos relvados e pelados em lusas terras. Reparem nesta notícia:

Auriculares para "inglês ver"

Grande parte dos árbitros de primeira categoria nacional, que dirigem os jogos dos dois principais campeonatos, apenas fingem que utilizam os auriculares. Os "aparelhos foram entregues pela Liga, depois de instituídos pela UEFA no seu grupo de elite.

Já agora, refira-se que cada conjunto de microfones e auriculares para uma equipa de arbitragem, custa cerca de cinco mil euros, o que multiplicado pelo quadro de árbitros, representou um investimento de 125 mil euros, valor que seria suficiente para, por exemplo, o Estrela da Amadora saldar um dos meses de vencimentos que tem em atraso.


Não venham fazer cara de gente séria. Ou deixam de fazer merda, ou admitem a merda que fazem. Doutro modo, lá estaremos por cima do túnel a apontar os escarros à testa deles.

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