Fui com bastante gosto que fui assistir ao debate entre os candidatos da Circunscrição I. Já há muito tempo que não mandava umas papaias e há sempre uma réstia de esperança na capacidade das pessoas de usar um debate como forma de clarificar posições e esclarecer o público.
(Boa piada, não foi?)
Pois bem, o que vi foi uma audiência razoável, mas povoada principalmente pelas claques. Já ando nisto há tempo suficiente para saber que isso é o cenário mais comum, e normalmente descamba em aplausos e apupos que apenas dificultam o normal decorrer do processo. Sobrou para o amigo Recha, como expectável. Ainda assim, não correu muito mal.
Da parte do André Reis, candidato pela Lista A, vi o que esperava. O homem jogou ao ataque, tomou conta do palco, afirmou, acusou, atropelou. O domínio táctico permitiu condicionar o adversário, mas também teve um efeito perverso. Pelo menos em duas ocasiões perdeu boas oportunidades para declarar unilateralmente breves tréguas e completar a prestação com uma postura pedagógica e esclarecedora acerca de assuntos levantados pelo público.
Da parte do Luís Borges, candidato pela Lista E, não vi o que esperava. Pareceu claramente condicionado pela postura ofensiva do oponente e manteve um registo um bocado monocórdico. Tendo em conta a vasta experiência no movimento associativo, ficou aquém do contributo que poderia ter dado. A espaços conseguiu passar a sua mensagem - mas essa continua a ser demasiado vaga para o que se pretende, na minha modesta opinião.
O tópico central foi o associativismo na UA - e esse merece uma análise separada - e a relação das candidaturas com os órgãos sociais da AAUAv teve grande destaque. Entretanto não faria mal começarmos a tentar perceber como gravar na pedra o modo como se relacionam os membros discentes no CG e a AAUAv. Já li por aí a questão "cadê a independência dos alunos no CG?" mas devo dizer que o que me interessa é ver os interesses dos estudantes bem representados e defendidos, quer por uns, quer por outros. No fim do dia, as AGAs servem para alguma coisa, mas são pouco frequentadas.
Notas dispersas:
(Boa piada, não foi?)
Pois bem, o que vi foi uma audiência razoável, mas povoada principalmente pelas claques. Já ando nisto há tempo suficiente para saber que isso é o cenário mais comum, e normalmente descamba em aplausos e apupos que apenas dificultam o normal decorrer do processo. Sobrou para o amigo Recha, como expectável. Ainda assim, não correu muito mal.
Da parte do André Reis, candidato pela Lista A, vi o que esperava. O homem jogou ao ataque, tomou conta do palco, afirmou, acusou, atropelou. O domínio táctico permitiu condicionar o adversário, mas também teve um efeito perverso. Pelo menos em duas ocasiões perdeu boas oportunidades para declarar unilateralmente breves tréguas e completar a prestação com uma postura pedagógica e esclarecedora acerca de assuntos levantados pelo público.
Da parte do Luís Borges, candidato pela Lista E, não vi o que esperava. Pareceu claramente condicionado pela postura ofensiva do oponente e manteve um registo um bocado monocórdico. Tendo em conta a vasta experiência no movimento associativo, ficou aquém do contributo que poderia ter dado. A espaços conseguiu passar a sua mensagem - mas essa continua a ser demasiado vaga para o que se pretende, na minha modesta opinião.
O tópico central foi o associativismo na UA - e esse merece uma análise separada - e a relação das candidaturas com os órgãos sociais da AAUAv teve grande destaque. Entretanto não faria mal começarmos a tentar perceber como gravar na pedra o modo como se relacionam os membros discentes no CG e a AAUAv. Já li por aí a questão "cadê a independência dos alunos no CG?" mas devo dizer que o que me interessa é ver os interesses dos estudantes bem representados e defendidos, quer por uns, quer por outros. No fim do dia, as AGAs servem para alguma coisa, mas são pouco frequentadas.
Notas dispersas:
- uma pergunta exige uma resposta; as merdas podem estar escritas no manifesto, mas se só o manifesto fosse suficiente, não valia a pena andarmos a organizar debates só para compararem o tamanho das pilinhas!
- será que não há uma alma nesta academia capaz de citar uma frase genérica e depois dar um exemplo concreto, mesmo sem se comprometer?
- eu acho o formato limitativo, mas é uma consequência da forma mais comum de fazer política nos dias que correm: entalar o adversário e marcar um pontinho ou dois - ora porra!
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